O mercado do morango é altamente exigente em frutos saborosos, doces, livres de doenças, sem sinais de ataque de pragas e em perfeitas condições visuais do produto, sem a presença de frutos amassados nas embalagens.
Porém, atingir esse grau de exigência do mercado consumidor requer uma perícia em produção de um fruto sensível, doce e rico em vitaminas, o que o torna muito atrativo para o ataque de pragas e doenças.
Para enfrentar estes desafios, o produtor precisa estar cada vez mais preparado, com tecnologias de produção para o auxílio no melhor manejo na conquista do resultado esperado pelo consumidor final.
Produção e obstáculos
Os polos produtivos de morangos no Brasil estão concentrados no Sul de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, região serrana de Santa Catarina e a região de Atibaia, no interior de São Paulo.
As principais dificuldades encontradas pelos produtores foram o controle de pragas e doenças. Dentre as pragas, os ácaros e tripes são os mais frequentes causadores das maiores quebras de produção e de maior dificuldade de controle.
Já as doenças, foram relatadas a antracnose, oídio, podridões de raízes e frutos como maiores problemas enfrentados.
Nem tudo está perdido
Em todas estas dificuldades produtivas sofridas pelos produtores rurais, podemos encontrar o ambiente protegido como parte fundamental da solução ou da minimização dos problemas, sempre aliado ao manejo nutricional adequado.
Na década de 60, os produtores de morangos da região de Atibaia (SP) iniciaram o uso de mulching, sendo os pioneiros no Brasil em utilizar plásticos na agricultura para solucionar problemas produtivos.
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Neste caso, o foco era principalmente o controle das podridões nos frutos, conhecidas como mofo cinzento e causadas pelo Botrytis cinerea.
Condições para as pragas e doenças
Qualquer doença e praga de plantas precisa de um microclima ideal para se multiplicar. No período de clima quente e seco, o ácaro rajado e o tripes conseguem se multiplicar com mais facilidade e tornam-se de difícil controle nestas condições climáticas.
A antracnose e as podridões, de maneira geral, se desenvolvem em climas quentes e úmidos. Já o oídio precisa do clima quente e seco. Como solução, o produtor pode aplicar defensivos para o controle destes problemas.
Contudo, se o microclima permanecer ideal para as pragas e doenças, elas irão retornar e a aplicação cada vez mais frequente será necessária. Para um microclima ideal para sua produção de morangos e não para as pragas e doenças, são necessárias soluções inteligentes para o cultivo em ambiente protegido.
Equilíbrio
A aplicação do tipo correto de mulching traz equilíbrio da temperatura e da água do solo, que envolve os processos bioquímicos do sistema radicular e reduz os problemas de podridões radiculares.
Também irá promover uma barreira do contato do fruto com o solo, resultando em menor incidência de podridão dos frutos.
Esta é uma ferramenta essencial, pois além de evitar os problemas com as doenças, irá controlar o surgimento de plantas daninhas, diminuir a perda de nutrientes por lixiviação e aumentar a eficiência do uso da água.
Para evitar problemas com doenças de folhas e distúrbios psicológicos por excesso de radiação solar, a solução ideal é o uso do filme agrícola de proteção, que pode ser aplicado em sistema de mini-túneis.
A solução inteligente é a utilização de um filme que forneça proteção às plantas contra o molhamento das folhas e frutos pelas chuvas e regule a quantidade de radiação solar necessária para a máxima eficiência fotossintética.
Esse equilíbrio microclimático reduzirá a incidência de pragas e doenças e trará maior força em produção de frutos com qualidade, sabor, doçura e propriedades nutricionais que o consumidor busca.
Composição
Os filmes agrícolas são fabricados com polímeros avançados, resinas virgens e aditivos adequados para cada aplicação na agricultura. Com essa base, os filmes apresentam maior durabilidade, resistência e melhor equilíbrio na distribuição dos aditivos especiais para cada função a ser atribuída ao material.
Com isso, resulta em maior qualidade de luz para as culturas em produção e maior durabilidade.
Por Gilberto Rostirolla Batista de Souza, Doutor em Agronomia – Depto Técnico AzulPack TechAgro, publicado originalmente na revista Campos & Negócios.